Xan Marçall é uma multirtista amazônida, Kaabok de Mairi do Pará. O seu trabalho é atravessado pela ancestralidade e cosmovisões kaabokas e indígenas na Amazônia Paraense, as travaancestralidades na América Latina e Brasil e os processos do morrer e da morte como poética de vida. Mestranda em Antropologia UFBA, tem se dedicado às relações entre identidades de gênero e sexualidade dissidente nas práticas mítico, imaginárias e político religiosas das Encantarias Kaabokas.

É cineasta e recentemente seu filme SOB A TERRA DO ENCOBERTO, em parceria com a artista pernambucana LIBRA esteve em exposição no SCHWULES MUSEUM BERLIN, integrando a exposição ENCANTADAS Transcendental Brazilian Art, sob curadoria de Sanni Est, A Transalien e Uér Prazeres. Ainda na Alemanha participou do Ensaio Fotográfico Exposição QUEER NATURE do fotógrafo Jul Zureck, e ainda ministrou workshops junto ao grupo de teatro POLIMORA, em Leipzig. Em 2020 teve seus trabalhos de ilustração intitulados PATUÁS, em exposição na Guatemala CUIRPOETIKAS, e no Oyoun Museum Berlin. Seu filme de estreia IAUARAETE, em 2020 tem circulado diversos festivais internacionais, sendo agraciado pelo prêmio Elke Maravilha de melhor atriz de curta-metragem no 14° FOR RAINBOWN e com o prêmio de Melhor Direção de Arte XVII FESTIVAL INTERNACIONAL PANORAMA COISA DE CINEMA. Participou como curadora das mostras de Cinema 5° LUGAR DE MULHER É NO CINEMA e ALECRIM DOURADO Festival de Cultura e Arte LGBTQIA+, ambos na Bahia. Foi co-organizadora do 1° Semana T na cidade de Belém em 2022. No Marajó no Pará entre as cidades de Salvaterra e Soure desenvolveu atividades de artivismos com Os Grupos Sol da Liberdade e Arco Iris. É professora de teatro, tendo trabalhado por 2 anos na Escolinha Maria Felipa , primeira escola afrocentrada do Brasil e coordenadora do Programa Federal PRONATEC FIC 2020 em Salvador. Artivista das causas Trans e da Desestigmatização e sa Cura do HIV/AIDS, tendo participado do projeto Stigma junto a ONU em 2019. Premiada como Agente Jovem de Cultura pelo MINC, em 2012 por suas atividades com teatro durante 5 anos com crianças em vulnerabilidade social na Comunidade/ quilombo urbano ALTO DA SEREIA, Salvador. É atriz de formação tendo participado de mais de 20 peças teatrais entre Rio de Janeiro, Salvador e Belém. E também cromoterapeuta.